28.4.10

Curta Angra dos Reis em seu próprio veleiro

por Antonella Kann
fotos: divulgação/josé olimpio

Voce acha que pra velejar na baía de Angra dos Reis e Ilha Grande precisa ser milionário? Ledo engano. Não é bem assim, embora aqui no Rio ( e mesmo no Brasil todo) não seja muito comum alugar um barco pra passar um final de semana a bordo ou até mesmo uns dias de férias, noto que ultimamente estamos engatinhando para que isto passe a ser uma opção viável financeiramente. Melhor ainda: é capaz de sair ainda mais em conta do que pagar hotel para toda a família.

Na Marina Porto Bracuhy, próximo a Angra dos Reis, a empresa Delta Yacht Charter tem veleiros novinhos em folha, com ótimo tamanho (36 pés) para charter, ideal para acomodar umas 6 pessoas. A única exigência é quanto à duração do aluguel, mínima de três dias e duas noites, ou seja, um final de semana. A partir de 8 dias, uma diária sai de grátis. Há dois tipos de aluguel: com ou sem skipper. Se voce é habilitado, basta mandar suas informações na hora de fazer a reserva, afim de ser aprovado para manejar o timão.
Já sei que a próxima pergunta vai ser: e se eu não tenho experiência nenhuma em vela? Nenhum problema, pois uma das opções é alugar, ou melhor, charter o barco com um skipper a bordo. Assim, nas mãos de um profissional, voce vai velejar a vontade sem ter que se preocupar com a segurança ou navegação. Pelo contrário, vai se familiarizando aos poucos com as manobras e as manhas de um barco – que, vamos combinar, existem aos montes.

Com 365 ilhas, a região de Angra não tem limites, e sabendo ler uma carta náutica , dá pra traçar roteiros maravilhosos. O cenário é mágico o ano inteiro, e melhor ainda de março a novembro, sem aquele mundo de gente ( leia-se lancheiros) invadindo aquelas águas cristalinas e as praias que só podem ser alcançadas pelo mar.



Experimente passar um fim de semana dormindo a bordo, voce vai ver que o programa é legal e como é diferente. Também tente escolher a época de lua cheia, pois garanto que não tem nada mais romântico do que assistir ao por do sol e ao nascer da lua de cima do convés, brindando a natureza com uma taça de champagne.


DELTA YACHT CHARTER

Tel (24) 3363 1211
Tel (24) 7835 7939 Nextel Id. 81*37330
dyc@dyc.com.br www.dyc.com.br





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20.4.10

Fasano, o hotel que Ipanema merecia


Por Constance Escobar

Antes de 2007, Ipanema não tinha um hotel à sua altura. O Fasano chegou pra suprir essa lacuna. E talvez não seja apenas o melhor hotel do bairro. Tem todos os atributos pra concorrer ao título de melhor da cidade. O desafio de construir um hotel de luxo num espaço tão pequeno encontrou resposta num belo projeto, onde se misturam elementos que se potencializam produzindo um resultado que faz com que o Fasano não se pareça com nenhum outro. O desenho moderno de Philippe Starck. Os belos móveis e antiguidades cuidadosamente garimpados. As exuberantes peças de madeira da Tora Brasil. E, alinhavando tudo, o bom gosto que está no DNA da família Fasano. O luxo está no que se vê e também no que não está ao alcance dos olhos, mas que, ainda assim, é perceptível. É possível sentir a presença discreta de toda uma equipe bem treinada pra garantir que os hóspedes se sinta em casa. No Fasano Rio, o luxo não intimida, acolhe.

Os quartos transpiram o refinamento arejado do hotel. Dos espelhos sinuosos que lembram os relógios derretidos de Salvador Dalí, às cadeiras assinadas por Sérgio Rodrigues, tudo é festa pros olhos...

Aqueles com vista pra praia foram idealizados de modo a tirar o maior proveito possível do cenário. O mar de Ipanema é praticamente convidado a entrar…

O restaurante do hotel, o Fasano al Mare, segue a mesma linha de bom gosto e elegância. E tem em seu comando o chef Luca Gozzani, egresso da Enoteca Pinchiorri.

Alinhar ao centro

Mas, talvez, o grande trunfo do hotel seja o terraço da piscina, que tem como pano de fundo aquela que eu reputo a vista mais incrível do Rio de Janeiro: a orla do Arpoador ao Leblon, com o morro Dois Irmãos ao fundo. No terraço, a interferência dos detalhes de arquitetura e design é pouca. Apenas o suficiente pra valorizar a beleza que o Rio, ali, entrega de bandeja. No último andar do hotel, Philippe Starck e Rogério Fasano souberam, com toda elegância, sair de cena pra deixar a cidade brilhar…

www.fasano.com.br

* As diárias do hotel variam entre R$1.200,00 (preço do apartamento de fundos) e R$5.800,00


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19.4.10

O frio abre o apetite

por Antonella Kann

Quem sou eu pra falar de restaurante, mas esse é um dos que freqüento há bastante tempo. Aliás, desde que abriu há sete anos atrás, quando o Sr. Oliveira, português legítimo, decidiu transferir suas receitas culinárias para o público e abriu esta simpática casinha no meio de um parque à beira de uma estrada bastante movimentada.


Quer seja para um almoço tardio, lá pelas seis da tarde, ou um jantar mais tardio ainda no meio da semana ( detalhe: o restaurante só não abre às segundas, coisa raríssima na serra! ), todas as vezes comi maravilhosamente bem. Assim que a gente sentava naquela simpática salinha, pedia logo os bolinhos de bacalhau e um bom vinho: era a melhor maneira de aliviar o estresse depois de ter enfrentado um daqueles engarrafamentos horripilantes pra sair da cidade.

o famoso cabrito alentejano
Com peso na consciência, algumas vezes cheguei a telefonar da estrada e já ir pedindo a comida. Além de ser muito bem tratada, sempre contamos com a presença do Sr. Oliveira ou de sua filha Giuliana, que já é carioca, e entende de culinária lusitana, porque a maçã nunca cai longe da macieira, já reza o ditado.



Como não podia deixar de ser, o carro-chefe é o bacalhau, oferecido num leque de 15 pratos diferentes, dos quais se destaca o bacalhau da serra, cozido com batatas........



Em tempo: além do peixe, outra especialidade da casa não pode passar despercebida: é o cabrito alentejano. Segundo Giuliana, filha do proprietário, “não se come um igual em lugar nenhum do Rio”.

docinhos portugueses

Ah, já ia me esquecendo de dizer: além de ser uma comensal assídua, também descobri outro nicho no Oliveiras: encomendar a ceia de Natal. Ou seja, o bacalhau lá em casa passou a ser especial.
OLIVEIRAS DA SERRA
Estrada Bernardo Coutinho 3575, Araras
Tel. 0xx 24 2225 0520
Abre de terça a domingo, almoço e jantar.



























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13.4.10

Aeroporto internacional: shopping antes de chegar no céu.

por Antonella Kann
Chá de aeroporto ninguém merece. Mas quem viaja já passou por isso, uma ou mil vezes. Por atraso da companhia aérea, devido ao layover entre uma conexão e outra, ou até mesmo por descuido, por chegar atrasado – e perdendo o vôo, é claro. Aliás, é porisso que estou aqui escrevendo, sentada na cadeira desconfortável da lanchonete.


Filosofando, que é para se irritar menos: não importa em qual categoria a gente se encaixa, mas tomar chá de aeroporto sempre vai ser mega chato. Mesmo numa sala VIP. O que varia é o grau dessa chatice dependendo do saguão em que estamos. E de como vamos encarar este atraso na nossa vida.

Sendo obrigada a esperar pelo próximo vôo durante umas três horas, o que fazer? Comer, tomar café, ler jornal...Só que depois de uma hora, já estou farta. Então resolvi ir dar uma volta no shopping do segundo andar do terminal 2.


Se eu estivesse no Schiphol de Amsterdam, certamente teria perdido o vôo de propósito, e me deixaria contaminar pelo moto shop until you drop com a maior tranquilidade, mas como estou no Antonio Carlos Jobim...


Mas, pra ser sincera, sempre considerei o ACJ como um dos aeroportos mais ambíguos que conheci. Se por um lado nem tomada tem no saguão pra carregar meu celular, por outro dificilmente está com ares de terminal rodoviário como muitos outros mundo afora.

Fora isso, raramente há fila para passar pelo raio X e na maioria das vezes nem mandam voce tirar o laptop de sua bagagem de mão. Nem o lenço, nem o cinto, nem o sapato, nem o relógio, ou seja, são muito menos xiitas do que no resto do planeta.


Embora sem sofisticação nenhuma, também dá pra matar a fome, ou a vontade de comer, na praça de alimentação. E encarar as lojinhas de souvenirs, que visam mesmo é o turista estrangeiro. Toma de Brasil!


Desde da BEE, que tem sempre umas peças charmosas e básicas ( porém bastante caras), até o indelével Boticário com seus produtos ecológicos, naturais e de boa qualidade, tem de tudo.


Eu vi bonecas barbies, camisetas com a estampa da bandeira brasileira, cristos redentores de tudo quanto é modelo, estatuetas, roupas com logo de times de futebol, café e receitas de caipirinhas, jóias e balangandãs , coisas que são chamarizes para os gringos que perambulam naquele saguão.



Confira as imagens que ilustram este post pra ver se algumas destas coisas ainda caberiam na sua mala de mão. Mas cuidado pra não se distrair demais senão pode acabar perdendo o vôo!






























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6.4.10

Búzios off-season: um oásis de tranqüilidade à beira-mar.

por Antonella Kann
Muita gente tem saudades do tempo em que Búzios era apenas uma aldeia à beira-mar, emoldurada por casinhas coloridas alinhadas na orla de praias desertas de areia branca. As poucas ruas existentes eram de terra batida, não tinha luz elétrica e quase não havia movimento nesta bucólica comunidade de pescadores.

Durante a alta temporada, que vai de dezembro a março, a vila fica irremediavelmente abarrotada de turistas. No Natal, Ano Novo, Carnaval e fins-de-semana prolongados que se alastram ao longo deste período, é quase impossível encontrar vaga em qualquer estabelecimento sem reserva antecipada. Imensos transatlânticos despejam diariamente seus visitantes na praia da Armação e na dos Ossos, há engarrafamentos por todos os lados e seja lá onde for é complicado estacionar. As butiques, que ostentam griffes famosas e exibem os últimos lançamentos fashion, atiram os preços na estratosfera. Além disso, as belíssimas praias que ornamentam Búzios estão sempre cheias de gente. E, é inevitável, a superlotação eleva as tabelas dos hotéis e restaurantes.


Mas basta esperar o fim do verão para reviver Búzios à moda antiga. A partir do mês de abril até a véspera do Natal, o lugar volta a ser um oásis de tranqüilidade ao mesmo tempo em que oferece uma agradável fusão entre o alto padrão de infra-estrutura turística com aquela deliciosa atmosfera do vilarejo de outrora. Os grandes transatlânticos já deletaram Búzios de sua rota, os veranistas desocuparam as praias deixando-as praticamente desertas, não há mais filas nos restaurantes e as pousadas oferecem pacotes muito interessantes.


A baixa estação em Búzios, que coincide com o outono e o inverno, também traz uma outra vantagem: o tempo ameno. Graças ao seu micro-clima, durante o dia a temperatura continua na casa dos 25 graus, ideal para garantir um mergulho no mar e um bronzeado saudável, e à noite faz um friozinho gostoso, propício ao romance num terraço aconchegante e induz aos prazeres gastronômicos e à degustação de um bom vinho em um dos inúmeros restaurantes, lounges e bares da cidade. E se quiser variar, não faltam opções para se divertir em Búzios, pois pode-se escolher entre passeios de barco, cavalgadas, caminhadas, aluguel de buggies, tours organizados, cinema, livraria, cyber café e o farto comércio que usualmente não fecha antes da meia-noite.



No entanto, nem tudo consta no mapa deste balneário: alguns endereços são mantidos em segredo, como é o caso do restaurante O Quintal, em Manguinhos. O proprietário e dublê de chef Nelsinho recebe os comensais em sua própria casa e pilota o fogão à vista de todos. Decidiu manter a privacidade e sequer alardeia o seu telefone. Para saborear as delícias que prepara na hora, inspirado pelas suas raízes portuguesas e italianas, é imprescindível fazer reservas, pois apenas 40 pessoas são contempladas por noite, e isso só de quinta a sábado. E para obter o número, o único jeito é perguntar a alguém que já teve o privilégio de degustar o requintado macaquito de camarões, uma receita preparada com creme e de banana da terra e servida com farofa de biju!




Mas o que mais seduz o turista em Búzios são todas aquelas praias paradisíacas, para pegar ondas ou praticar esportes aquáticos, paquerar, comer e beber. A praia de Geribá é imbatível e a freqüência eclética fez desta longa faixa de areia branca uma das mais procuradas da cidade. A minúscula praia do Forno é intimista e o mar sempre calmo é ideal para banhistas. A Praia da Ferradura, aconchegante apesar de suas dimensões, atrai um público mais requintado e conservador. A massagem à beira d´água é um experiência para quem idealiza um momento de relaxamento.




Manguinhos e a Rasa ainda conservam traços selvagens e costumam estar vazias, mesmo que esta última contempla os aficionados de kite surf e windsurfe. A encantadora praia dos Ossos é a favorita dos pioneiros de Búzios.




Para fugir da massa, e se deparar com algo diferente, só mesmo indo até a Olho de Boi, uma praia naturista alcançada a pé através de uma trilha íngreme. Ainda restam muitas outras que merecem ser mencionadas nem que seja para apreciar os seus nomes inusitados, como a Tartaruga, a Azeda ou a Tucuns, todas lindas. Mas, o melhor mesmo é conferir pessoalmente e descobrir qual é a “sua praia“.








































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